domingo, 24 de abril de 2011

Balé

Ficheiro:Edgar Germain Hilaire Degas 005.jpg
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Pintura de bailarinas feita por Edgar Degas, 1872.
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Balé (do francês Ballet) é o nome dado a um estilo de dança que se originou nas cortes da Itália renascentista durante o século XV, e que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e França como uma forma de dança de concerto. 
As primeiras apresentações diante da platéia eram feitas com o público sentado em camadas ou galerias, disposto em três lados da pista de dança.
 Elas são realizadas principalmente com o acompanhamento de música clássica.
O balé é um tipo de dança influente a nível mundial que possui uma forma altamente técnica e um vocabulário próprio. 
Este gênero de dança é muito difícil de dominar e requer muita prática. 
Ele é ensinado em escolas próprias em todo o mundo, que usam suas próprias culturas e sociedades para informar esse tipo de arte. 
As diferentes técnicas de balé, entre elas mímica e atuação, são coreografadas e realizadas por artistas formados e também acompanhadas por arranjos musicais (geralmente de orquestra mas, ocasionalmente, vocal).
 É um estilo equilibrado de dança que incorpora as técnicas fundamentais para muitas outras formas de dança. 
A sua forma mais conhecida é o balé romântico ou "Balett Blanc", que valoriza a bailarina em detrimento de qualquer outro elemento, focando no trabalho de pontas, fluidez e movimentos acrobáticos precisos. 
Esta forma utiliza como figurino o convencional tutu francês de cor branca.
Atualmente existem várias outras modalidades de balé, entre eles balé expressionista, neoclássico e modalidades que incorporam elementos da dança moderna.
Os princípios básicos do balé são: postura ereta; uso do en dehors (rotação externa dos membros inferiores), movimentos circulares dos membros superiores, verticalidade corporal, disciplina, leveza, harmonia e simetria.
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Etimologia
A palavra balé vem do inglês "ballet" que por sua vez foi pega emprestada do francês por volta de 1630. 
A palavra francesa tem sua origem na palavra italiana "balleto", diminutivo de ballo (dança), que vem do latim "ballare", que significa dançar , e que por sua vez vem do grego "βαλλίζω" (ballizo), que significa "dançar, saltar sobre".
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Ficheiro:Ballet 1582.png
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Representação de um Balé perante Henrique III e sua Corte, na Galeria do Louvre.(folio, Paris, Mamert Patisson, 1582.)
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História
O balé surgiu no século XV, durante a Renascença, nas cortes italianas, embora o seu desenvolvimento tenha sido maior nas cortes francesas, no século XVII, durante o reinado de Luís XIV, fato que refletiu diretamente no vocabulário do balé. 
Apesar das grandes reformas de Noverre no século XVIII, o balé entrou em declínio na França depois de 1830. Entretanto ele continuou a ser aperfeiçoado na Dinamarca, Itália e Rússia.
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial este gênero de dança foi reintroduzido na Europa Ocidental por uma empresa russa: a Ballets Russes de Sergei Diaghilev, que veio a ser influente em todo o mundo.
 A companhia de Diaghilev se tornou o destino de muitos dos bailarinos russos treinados que fugiam da fome e da agitação que se seguiu à revolução bolchevique.
 Estes bailarinos trouxeram muitas das inovações coreográficas e estilísticas que tinha florescido com os czares de volta ao seu lugar de origem.
No século XX, o balé continuou a se desenvolver e teve uma forte influência sobre a dança de concerto. 
Por exemplo, nos Estados Unidos, o coreógrafo George Balanchine desenvolveu o que hoje é conhecido como balé neoclássico. 
Os desenvolvimentos posteriores mais conhecidos incluem balé contemporâneo e balé pós-estrutural, visto no trabalho de William Forsythe, na Alemanha.
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Balé Clássico
O balé clássico é o mais metódico dentre todos os estilos de balé e também é o que mais adere às técnicas de balé tradicionais.
 Existem algumas variações em relação à área de origem deste gênero, entre elas, o balé russo, francês, italiano e dinamarquês. 
Entretanto, nos últimos dois séculos, a maioria dos fundamentos do balé é baseada nos ensinamentos de Blasis.
Os estilos mais conhecidos de balé são o método russo, o método italiano, o método dinamarquês, o método Balanchine ou método New York City Ballet e os métodos Royal Academy of Dance e Royal Ballet School, derivados do método Cecchetti.
As primeiras sapatilhas de balé tinham as pontas terrivelmente pesadas para permitir que a bailarina ficasse na ponta dos pés facilmente e aparentasse leveza.
 Mais tarde ela foi convertida na atual constituição, onde uma “caixa” abriga a ponta dos pés da bailarina e lhe dá suporte para manter o equilíbrio.
O balé clássico segue algumas regras, entre elas uma posição chamada "plié", utilizada em quase todos os exercícios. 
Além disso, nesta modalidade, alinhamento, postura e posicionamento são vitais.
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Ficheiro:Wiener Staatsoper Schwanensee Szene Akt4.jpg
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Cena do Lago dos Cisnes, Vienna State Opera, 2004
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Balé Neoclássico
O balé neoclássico é um estilo de balé que usa o vocabulário do balé clássico, mas é menos rígido. 
Os dançarinos se submetem a ritmos mais extremos e realizam os passos em uma forma mais técnicas. 
O espaçamento neste gênero de balé é mais moderno ou complexo do que no balé clássico. 
Embora a organização no balé neoclássico seja mais variada, é a ênfase na estrutura que o caracteriza.
Tim Scholl, autor do livro From Petipa to Balanchine, considera o balé “Apollo”, de George Balanchine, apresentado em 1928, como o primeiro balé neoclássico.
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Balé Contemporâneo
O balé contemporâneo é uma forma de dança influenciada pelo balé clássico e pela dança moderna. 
Utiliza a técnica e o trabalho nas pontas dos pés vindos do balé clássico. 
Este tipo de dança permite uma maior amplitude de movimentos que não são comuns nas escolas tradicionais de balé.
 Muitos de seus conceitos vêm de ideias e inovações ocorridas na dança moderna do século XX.
George Balanchine é frequentemente considerado como tendo sido o pioneiro do balé contemporâneo, através do desenvolvimento do balé neoclássico.
 O balé neoclássico é importante para a evolução do corpo humano .
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Ficheiro:Three Grces -Charles Challon.JPG
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The Three Graces: embodiment of the Romantic ballet, litografia de de Chalon, circa 1840.
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Balé romântico
O Balé Romântico é definido inicialmente como um balé mais suave e com conotação romantica, um movimento ligado a arte e literatura dos mais antigos e que se consolidaram mais cedo na história do Balé.
Esse tipo de dança tornou-se notório na época devido o movimento literários romântico que acontecia em boa parte da Europa na primeira metade do século XIV. 
Os balés que seguem a linha do romântico pregam a magia e a delicadeza. 
Nesses ballets se usavam os chamados tutus românticos, saias mais longas que o tutu prato. 
São geralmente floridas lembrando moças do campo.
Alguns exemplos de Balé românticos:
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la fille mal gardie
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la sylphides
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Ficheiro:AnnaPavlovaAsGiselle.jpg
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Romântico tutu
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Tutu (balé)
Um tutu (pronuncia-se "titi" ou too-too) é uma parte do vestuário do balé, são roupas usadas pelas bailarinas. Quando apareceu, em 1820, não foi referenciado como um tutu. 
Esse nome foi dado a partir de 1881.
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História
Em 1832 Marie Taglioni imortalizou esse tipo de roupa: tratava-se de um corpete apertado e uma saia de várias camadas, que se alonga quase até o tornozelo, também chamado Tutu Romântico, e quando é curto chama-se Tutu Italiano.
Desde a primeira apresentação da peça "As Sílfides" esta vestimenta passou a ser a norma de excelência dos bailarinos.
Mais tarde, o Tutu Romântico, branco e longo, marcado por bailarinos em "Giselle", "Las Bayaderas", passou a ser utilizado como padrão.
O Tutu Romântico, ou Italiano, é uma sobreposição de saias curtas e rígidas, em forma de pétalas ao redor do quadril do bailarino e deixando expostas as pernas, geralmente é um conjunto de saiotes brancos, embora haja uma variedade colorida e brilhante.
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Ficheiro:Colourful ballet tutu.jpg
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Tutu ao italiano
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Manufatura tutu
Os tecidos utilizados a partir do século XIX são brancos, brancos ou ouvidos.
 Elas são leves, transparentes, magro, de vapor e deixar a luz.
O tutu pode ser feito com os tecidos seguintes:
Gaze
Musselina
Organza
Tarlatana
Tul
Nylon
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Ficheiro:Spitzenschuhe neu.jpg
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Sapatilhas de Balé
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Tamara Capeller
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Balé no Brasil
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O balé no Brasil, às vezes dito balé brasileiro, refere-se ao balé produzido e encenado em território brasileiro e sua história no país. 
Acredita-se que o primeiro balé feito no Brasil foi dirigido por Lacombe e apresentado no Real Teatro de São João, Rio de Janeiro, em 1813.
 Um século depois, a atuação da companhia de Diaghilev (com Nijinski, Massine, Tamara Karsavina e Lidia Lepokova), no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, seguida da visita da Companhia de Ana Pavlova, deu início a um permanente interesse pelo balé no Brasil.
A escola de dança do Teatro Municipal foi fundada em 1927 por Maria Oleneva, e ali se formaram Madeleine Rosay, Leda Yuqui, Berta Rosanova, Carlos Leite, Marília Gremo e outros. 
Foram criados outros corpos de baile por Vaslav Veltcheck em São Paulo, onde avultam os nomes dos bailarinos Alexander Yolas, Juliana Yanakieva e Yuco Lindberg; por Aurélio Milloss, denominado balé do IV Centenário, com Raul Severo, Edith Pudelko e Addy Ador; por Carlos Leite e Sansão Castelo Branco, denominado Balé da Juventude, em que surgem Tamara Capeller e Ilma Lemos Cunha; e por Tatiana Leskova, Nina Verchinina, Dalal Achcar, com o Balé do Rio de Janeiro.
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Ana Botafogo
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Entre os bailarinos brasileiros da modernidade, cumpre citar Davi Dupré, Aldo Lotufo, Marcia Haydée, Beatriz Consuelo, Sandra Dicken, Dennis Gray, Alice Colino, Ana Botafogo, e Noêmia Wainer. 
Quantos aos compositores que contribuíram com partituras originais, temos Villa-Lobos, Lorenzo Fernande, Luís Cosme, Alberto Nepomuceno, Heckel Tavares, Cláudio Santoro.
Na cenografia, destacam-se os nomes de Di Cavalcanti, Burle Marx, Nilson Pena, Belá Pais Leme, Darci Penteado e Fernando Pamplona. 
Outros autores, e até poetas, como Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, apesar de não serem associados ao balé, em determinado momento contribuíram com libretos em português. 
As obras mais estimadas do balé brasileiro são Uirapuru, Zuimaalúti, O Garatuja, O Descobrimento do Brasil, Maracatu de Chico Rei e Salamanca do Jarau.
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Fonte de Pesquisa:
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Um comentário:

  1. Olá! Parabéns pelo blog.Trabalho em uma escola de dança no Paraná e estou organizando uma esposição de indumentária para contar a história da escola. Usei algumas coisinhas daqui. Bjus, felicidade

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