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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Percepção da Felicidade

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Certamente que a felicidade é uma das palavras que comportam interpretações diversas e de acordo com a situação em que cada pessoa se encontre.
 Pode referir-se tanto a um estado interno quanto externo. 
Como alcançá-la ficando-se em paz e satisfeito?
Pense que você tem direito a ela, porém não tem sabido como percebê-la. 
Seus valores, sua forma de pensar, suas atitudes, seus pensamentos, não têm conseguido lhe trazer o
que você mais deseja.
 Comece pensando que é preciso estar só, pelo menos por alguns momentos, para rever sua própria
vida.
 Nenhum problema pode ser maior que você mesmo.
Eles têm a dimensão que você mesmo lhes dá.
Alterne suas rotinas com outras que há muito você não tem executado.
 Volte a velhos hábitos que cabem no atual momento em que você vive. 
Eles podem ser antigos, mas continuam válidos. 
Por outro lado, abandone alguns antigos hábitos que não cabem mais em sua realidade presente.
Lembre-se sempre de que mudanças são constantes em nossas vidas e que o que foi bom antes pode não o ser hoje e vice-versa.
Será que você é feliz o bastante?
 Será que você é feliz o quanto pode ser? 
Você só saberá quando estipular os parâmetros que indicam sua felicidade.
 Estipule alguns que sejam provisórios, isto é, que contenham sinais concretos de realização.
 Mesmo que sejam a partir de valores materiais, eles são o início de uma caminhada. 
Mais adiante, quandovocê estiver mais autoconfiante, certamente terá outros de
valor emocional e espiritual mais elevados.
Verifique qual o sistema de valores a que está vinculado, isto é, a que limites você costuma obedecer. 
O que é em verdade que lhe contém. 
Ampliar seus limites é fundamental para alcançar a felicidade.
 Porém eles só devem ser ampliados quando satisfizerem exigências mínimas de convivência.
 Submeta-os ao crivo daqueles que convivem com você. 
Quando as pessoas de quem você gosta adotarem-nos como seus, é sinal de que podem começar a ser superados por outros melhores.
 Essa superação não implica em perda, mas em agregar outros aos antigos, que tragam maior felicidade.
As ciências, o conhecimento cultural em geral, nos auxiliam a compreender o sentido de ser humano, de ser
pessoa. 
Todas as ciências devem concorrer para levar o ser humano à felicidade. 
Qualquer delas nos deve permitir o encontro com nossa íntima essência.
 Cuide para que a religião, a filosofia de vida ou seu sistema de valores concorra para esse firme propósito. Caso você note que em algum ponto sua ideologia adotada concorre para o contrário disso, mude sua maneira de entendê-lo.
 Tudo deve concorrer para sua felicidade.
Não se esqueça de que o mundo existe dentro de você e é aí que tudo deve estar resolvido. 
Do lado de fora as coisas podem estar desorganizadas, mas em você, internamente, deve haver equilíbrio e harmonia. 
O que as coisas são e o que representam são faces distintas da realidade.
 Em você, elas devem significar algo que lhe traga paz e proporcione harmonia no ambiente no qual você vive. 
Sua psicologia deve ser aquela que lhe permita viver em paz e trazer a paz por onde você vive.
Dívidas financeiras, dificuldades de relacionamento, problemas de saúde, e os medos e ansiedades por causa disso, são questões menores diante da grandeza da Vida e de sua própria vida.
 Viva o bastante para entender a própria existência sem ter medo do que lhe possa acontecer no futuro.
Sua forma de viver lhe trará sofrimento ou paz. 
Suas escolhas devem ser no sentido de conseguir paz e felicidade.
Veja a realidade sem o recorte que a consciência proporciona.
A vida social, os meios de comunicação de massa, notadamente a mídia, nos mostram apenas um recorte da
realidade a partir de um viés particular. 
Tente enxergar a Vida como algo muito maior do que aquilo que lhe é mostrado e que seus olhos podem ver. Sua felicidade depende de uma visão mais ampla da Vida. 
Veja-a como um presente de Deus e como algo maior que você, mas que cabe em você.
O ser humano é muito maior que o recorte que se faz de sua alma.
 Ele é puro amor como o é o amor de Deus.
Nada é maior que a relação doce e misteriosa entre o ser humano e seu Criador.
Uma pessoa que busca a felicidade deve aprender a se ver como representante de Deus, sem tornar isso algo maior do que sua relação com outra pessoa. 
Portanto, valorizar a relação com as pessoas, com qualquer pessoa, significa compreender que Deus está presente naquele momento.
Os atos humanos são recortes da alma humana, são formas de manifestação dela.
 Devem ser tidos como simples faces do ser que deseja expressar-se plenamente sem o conseguir.
A felicidade passa pela compreensão desses atos, quaisquer que sejam, como manifestações do amor que ainda não sabe mostrar-se. 
O sentido da felicidade é também compreender cada ato humano como uma parcela do amor que nele reside.
Ser feliz não é ato isolado de uma pessoa nem uma situação particular de um indivíduo. 
Dela fazem parte outras pessoas e seus processos.
 Dizer-se feliz é também compreender os atos humanos e enxergá-los como possibilidades de entendimento da natureza de Deus.
É natural que se busque a felicidade externamente.
 O ser humano nasce de olhos fechados em busca da luz e tentando se acostumar a ela. 
Ele nasce querendo conhecer o mundo externo. 
Sua ânsia em conhecê-lo o faz esquecer de olhar-se interiormente.
 Nascer é abrir os olhos para a consciência esquecendo-se do que é inconsciente. 
A felicidade consiste também em atender aos anseios inconscientes.
 É uma viagem solitária ao mundo inconsciente e ao passado pessoal.
Para a compreensão precisa da felicidade é necessária a aceitação da própria mortalidade.
 Essa aceitação permitirá a abertura da mente para a espiritualidade. 
Aceitar que um dia o indivíduo experimentará a própria morte é fundamental para que se percam os medos e a ansiedade em relação ao futuro.
Não há felicidade sem uma clara percepção do sentido da Vida.
 Nesse particular deve-se ter uma concepção pessoal de Deus. 
Toda felicidade passa pela consciência da existência, presença e atuação de Deus naquele que a busca.
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Texto do Livro Felicidade sem Culpa de Adenáuer Novaes
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terça-feira, 26 de abril de 2011

Nostalgia e Depressão

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As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão.
O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre.
Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se harmoniza
A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. 
Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do
ser, lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual.
Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilo, que já não retornam, produzem estados nostálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais. 
Quando porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional.
A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico.
Esse deperecimento emocional, faz-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos.
A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as
reações aflitivas do organismo físico. 
Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional.
Tenha-se em mente um instrumento qualquer. 
Quando harmonizado, com as peças ajustadas, produz, sendo utilizado com precisão na função que lhe diz
respeito.
 Quando apresenta qualquer irregularidade mecânica, perde a qualidade operacional. 
Se a deficiência é grave, apresentando-se em alguma peça relevante, para nada mais serve.
Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa.
Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar.
Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e enarmonias perturbadoras na conduta psicológica.
No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida.
À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade. 
Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde. 
Normalmente, porém, a grande maioria de depressivos pode conservar a rotina da vida, embora sob expressivo esforço, acreditando-se incapaz de resistir à situação vexatória, desagradável, por muito tempo.
Num estado saudável, o indivíduo sente-se bem, experimentando também dor, tristeza, nostalgia, ansiedade, já que esse oscilar da normalidade é característica dela mesma. 
Todavia, quando tais ocorrências produzem infelicidade, apresentando-se como verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos.
A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana: corpo e mente.
O som provém do instrumento.
 O que ao segundo afeta, reflete-se no primeiro, na sua qualidade de exteriorização.
Ideias demoradamente recalcadas, que se negam a externar-se  tristezas, incertezas, medos, ciúmes, ansiedades contribuem para estados nostálgicos e depressões, que somente podem ser resolvidos, à medida que sejam liberados, deixando a área psicológica em que se refugiam e libertando-a  da carga emocional perturbadora.
Toda castração, toda repressão produz efeitos devastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão.
É imprescindível, portanto, que o paciente entre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo superando o estado depressivo.
Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgraças próprias ou alheias, um falso estoicismo contribuem para que o fechar-se em si mesmo, se transforme em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros.
Diante de alguém que realmente se interesse pelo seu problema, o paciente pode experimentar uma explosão de lágrimas, todavia, se não estiver interessado profundamente em desembaraçar-se da couraça retentiva, fechando-se outra vez para prosseguir na atitude estóica em que se apraz, negando o mundo e as ocorrências desagradáveis, permanecerá ilhado no transtorno depressivo.
Nem sempre a depressão se expressará de forma auto destrutiva, mas com estado de coração pesado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm.
Para que se logre prosseguir, é comum ao paciente a adoção de uma atitude de rigidez, de determinação e desinteresse pela sua vida interna, afivelando uma máscara ao rosto, que se apresenta patibular, e podem ser
percebidas no corpo essas decisões em forma de rigidez, falta de movimentos harmónicos...
Ainda podemos relacionar como psicogênese de alguns estados depressivos com impulsos suicidas, a conclusão a que o indivíduo chega, considerando-se um fracasso na sua condição, masculina ou feminina,
determinando-se por não continuar a existência. 
A situação se torna mais grave, quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem.
Essa reflexão auto-punitiva dá gênese a estado depressivo com indução ao suicídio.
Esse sentimento de fracasso, de impossibilidade de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou rejeição na infância, por parte do pai ou da sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido.
Nesse capítulo, anotamos a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótico, direcionando o paciente para a etapa trágica da auto-destruição.
Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbios, é de relevante importância para o enfermo considerar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem auto-comiseração, nem auto-punição para reencontrar os objetivos da existência. 
Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que
sob a terapia de neurolépticos.
O encontro com a consciência, através de avaliação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu processo evolutivo, tem valor primacial, porque liberta-o da fixação da idéia depressiva, da auto-compaixão, facultando campo para a renovação mental e a ação construtora.
Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e proporcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força.
Naturalmente, quando o processo se instala nostalgia que conduz à depressão  a terapia bioenergética (Reich, como também a espírita), a logoterapia (Viktor Frankl), ou conforme se apresentem as síndromes, o
concurso do psicoterapeuta especializado, bem como de um grupo de ajuda, se fazem indispensáveis.
A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorrendo, geram mais
complexidades e dificuldades de recuperação.
Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional.
O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o auto-crescimento, para a aquisição das paisagens emocionais.
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Joanna de Ângelis
(Psicografia de Divaldo Franco)
(Do Livro Amor,Imbatível Amor)
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domingo, 17 de abril de 2011

Solidão

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Pintura de Jean Jacques Henner retratando a solidão
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Solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. 
A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme.
Um dos primeiros usos a serem gravados da palavra "solitário" está na tragédia Coriolanus, Ato IV Cena 1, de William Shakespeare, escrita em 1608.
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Distinção da solitude
Solidão não é o mesmo que estar desacompanhado. 
Muitas pessoas passam por momentos em que se encontram sozinhas, seja por força das circunstâncias ou por escolha própria. 
Estar sozinho pode ser uma experiência positiva, prazerosa e trazer alívio emocional, desde que esteja sob controle do indivíduo. 
Solitude é o estado de se estar sozinho e afastado das outras pessoas, e geralmente implica numa escolha consciente. 
A solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados.
 Pode ser descrita como a falta de identificação, compreensão ou compaixão.
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Em seu crescimento como indivíduo, o ser humano começa um processo de separação ainda no nascimento, a partir do qual continua a ter uma independência crescente até a idade adulta. 
Desta forma, sentir-se sozinho pode ser uma emoção saudável e, de fato, a escolha de ficar sozinho durante um período de solitude pode ser enriquecedora.
 Para sentir solidão, entretanto, o indivíduo passa por um estado de profunda separação.
 Isto pode se manifestar em sentimentos de abandono, rejeição, depressão, insegurança, ansiedade, falta de esperança, inutilidade, insignificância e ressentimento. 
Se tais sentimentos são prolongados eles podem se tornar debilitantes e bloquear a capacidade do indivíduo de ter um estilo de vida e relacionamentos saudáveis. 
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Se o indivíduo está convencido de que não pode ser amado, isto vai aumentar a experiência de sofrimento e o consequente distanciamento do contato social. 
A baixa auto-estima pode dar início à desconexão social que pode levar à solidão.
Em algumas pessoas, a solidão temporária ou prolongada pode levar a notáveis expressões artísticas e criativas como, por exemplo, Emily Dickinson. 
Isto não implica dizer que a solidão desencadeia criatividade, ela simplesmente foi, neste caso, uma influência no trabalho então realizado pelo artista.
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Causas comuns
As pessoas podem sentir solidão por muitas razões e muitos eventos da vida estão associados a ela. 
A falta de amizades durante a infância e adolescência ou a falta de pessoas interessantes podem desencadear não só a solidão, mas também a depressão e o celibato involuntário. 
Ao mesmo tempo, a solidão pode ser um sintoma de um outro problema social ou psicológico, que deveria ser tratado.
Muitas pessoas passam pela experiência da solidão pela primeira vez quando são deixadas sozinhas quando crianças.
 É um pensamento muito comum, embora temporário, em consequência de um divórcio ou a perda de algum relacionamento afetivo de longa duração.
 Nesses casos, a solidão pode ocorrer tanto por causa da perda do outro indivíduo quanto pelo afastamento do círculo social do qual ambos faziam parte, causado pela tristeza associada ao evento.
A perda de alguém significativo na vida de uma pessoa tipicamente provoca um período de lamentação, onde o indivíduo sente-se sozinho mesmo na presença de outros. 
A solidão pode ocorrer também após o nascimento de uma criança, um casamento ou outro evento socialmente disruptivo, como a mudança de um estudante para um campus universitário. 
A solidão pode ocorrer dentro de um casamento ou relacionamentos íntimos similares quando há raiva, ressentimento ou quando o amor dado não é correspondido.
 Pode também representar uma disfunção de comunicação. 
Aprender a lidar com mudanças de estilos de vida é essencial para superar a solidão.
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O sentimento de solidão é agravado pela impessoalidade das cidades populosas
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Na Sociedade Moderna
A solidão ocorre com frequência em cidades densamente populosas; nestas cidades muitas pessoas podem se sentir totalmente sozinhas e deslocadas, mesmo quando rodeadas de pessoas.
 Elas sentem a falta de uma comunidade identificável numa multidão anônima. 
É incerto se a solidão é uma condição agravada pela alta densidade populacional ou se é uma condição humana trazida à tona por tal estrutura social. 
De fato a solidão ocorre mesmo em populações menores e menos densas, mas a quantidade de pessoas aleatórias que entram em contato com o indivíduo diariamente numa cidade grande pode levantar barreiras de interação social, uma vez que não há profundidade nos relacionamentos, e isso pode levar à sensação de deslocamento e solidão. 
A quantidade de contatos não se traduz na qualidade dos contatos.
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A solidão parece ter se tornado particularmente prevalente nos tempos modernos.
 No começo do século XX as famílias, eram tipicamente maiores e mais estáveis, os divórcios eram raros e relativamente poucas pessoas viviam sozinhas. 
Hoje, há uma tendência de inversão desses valores: cerca de um quarto da população dos Estados Unidos vivia sozinha em 1998. 
Em 1995, 24 milhões de estadunidenses viviam sozinhos em casa; em 2010, estima-se que este número chegará a cerca de 31 milhões.
Um estudo de 2006 da revista American Sociological Review descobriu que os estadunidenses tem, em média, dois amigos próximos com quem trocam confidências, abaixo da média de três encontrada numa pesquisa similar em 1985. 
O percentual de pessoas que declararam não ter amigos confidentes cresceu de 10 para quase 25%, e 19% adicionais disseram ter somente um único amigo confidente (geralmente o cônjuge), aumentando o sério risco de solidão no caso do fim de tal relacionamento.
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Como condição humana
A escola existencialista vê a solidão como essência do ser humano. 
Cada pessoa vem ao mundo sozinha, atravessa a vida como um ser em separado e, no final, morre sozinho. Aceitar o fato, lidar com isso e aprender como direcionar nossas próprias vidas de forma bela e satisfatória é a condição humana.
 Alguns filósofos, como Jean-Paul Sartre, acreditaram numa solidão epistêmica, onde a solidão é parte fundamental da condição humana por causa do paradoxo entre o desejo consciente do homem de encontrar um significado dentro do isolamento e do vazio do universo. 
Entretanto, alguns existencialistas pensam o oposto: os indivíduos precisariam se engajar ativamente uns aos outros e formar o universo na medida em que se comunicam e criam, e a solidão é meramente o sentimento de estar fora desse processo.
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Tratamento
Existem muitas formas diferentes para tratar a solidão, o isolamento social e a depressão. 
O primeiro passo, e o mais frequentemente recomendado, é a terapia. 
A terapia é um método comum e efetivo de se tratar a solidão, e geralmente é bem-sucedido. 
Terapias curtas, o tipo mais comum, geralmente se estendem por 10 a 20 semanas. 
Durante a terapia, enfatiza-se a compreensão da causa do problema; reverter os pensamentos, sentimentos e atitudes negativas resultantes do problema; e explorar as formas de melhora do paciente. 
Alguns especialistas recomendam a terapia em grupo como uma forma de se conectar a outras pessoas que passam pelo mesmo sofrimento e estabelecer assim um sistema de apoio. 
Especialistas frequentemente prescrevem antidepressivos como tratamento ou em conjunto com a terapia. Geralmente ocorrem algumas tentativas de combinações de drogas até que uma combinação mais adequada seja encontrada para o paciente — essa combinação é encontrada pelo método da tentativa-e-erro. 
Alguns pacientes podem desenvolver uma resistência a certos tipos de medicação e necessitar de uma mudança periodicamente.
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Abordagens alternativas são sugeridas por alguns especialistas. 
Tais tratamentos incluem exercícios físicos, dieta, hipnose, acupuntura, fitoterapia, entre outros. 
Muitos pacientes relatam que a participação em tais atividades aliviaram os sintomas relacionados à depressão, total ou parcialmente.
 Um outro tratamento, tanto para depressão quanto para a solidão, é a terapia de animais de estimação, ou terapia através da presença de animais de companhia, como cachorros, gatos, coelhos e até mesmo porquinhos-da-índia. 
De acordo com a agência Centers for Disease Control and Prevention, existem vários benefícios associados aos animais de estimação. 
Além de atenuar a sensação de solidão (mesmo porque isto pode também levar à socialização com outros donos de animais semelhantes), ter um animal de estimação diminui a ansiedade e, consequentemente, os níveis de stress no organismo
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Fonte de Pesquisa:
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Eu vou dar minha contribuição aqui,sentir essa solidão consigo mesmo é horrível já senti e sei muito bem como é,fiz terapia e foi maravilhoso , é como se tirassem um venda de seus olhos.
Estar sozinha não quer dizer estar em solidão ou solitude.
Solidão para mim é um sentimento que eu permito que ele entre em minha vida por egoísmo, tantas coisas para fazer, tantas pessoas para ajudar, o simples fato de você chegar em casa e não ter ninguém para conversar não é desculpa para tal, bem eu converso comigo mesma e vou te falar que eu comigo mesma conversando da para fazer um livro,rsrsrsrs....
E morro de rir comigo mesma também, tenho amigos, amigas, cachorro que é maravilhoso como amigo e o bom que ele  não fala mal de você com ninguém, rsrsrsrs....
E o mais importante se AME, se de mais atenção, se sinta mais, talvez seja esse o problema de sua solidão ou solitude ou depressão,se admire mais, acarinhe mais seu coração e diga palavras mais positivas e sorria, sorria muito, certamente seus caminhos serão outros.
Uma última dica, escolha bem suas leituras, não de atenção aquilo que não possa te acrescentar como ser humano em estado de evolução, procure tudo que faça sua ALMA sorrir de verdade e não se deixe enveredar pelos caminhos da ilusão, pois essa certamente lhe fará sofrer.
Adorei o papo!!!
Bjosssssssss!
(Cacau)
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"Eu me vejo sem maquiagem todo dia e isso tira qualquer ilusão." 
(Halle Barry)
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Solidão é a distância  que o separa de você mesmo
e não a distância que o separa dos outros.
(Luiz Gasparetto)
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